(Jádison Coelho)
Tenho aqui,
bem aqui,
catarro que enrosca na minha goela,
catarro que rumino no vai e vem,
catarrárrárrárrárro
que em meio tanta saliva,
por pouco irrita!
Catarro, seu eremita, pronto para fazer reunido
catarrárrá-rárrá-rárro numa cusparada só
projetada no teu nariz, nos teus olhos bentos,
na tua boca que confunde eu
com qualquer outro orifício
de dejetos mal cheirosos.
E antes fosse isso,
seria isso aquilo que pelo menos serve de adubo
e nem se compararia ao meu catarro,
um instrumento de excreção de tanta pureza
que pra mim de ti foi ofertada
com o labor da sua mais nobre inTENSÃO
de me revirar ao quadrado
para tornar-me à sua maneira tola de dizer:
Oh! Veja-me nas roupas nobres por serem simples,
veja-me no belo porte que exclui um escarcéu
o quão gosto eu de rolas,
eis aqui o que não cabe à nenhuma moça:
a minha mor sorte!
Hum, mas não, eu escarro
e sujo todo o teu tecido alvo
com o meu catarro no alvo das tuas vergonhas
e até escarrárrárrárrárro
na face de um tal clássico isolado,
e beijo o rosto do teu Cristo,
e apesar dum pouco de você eu gostar,
assim como sei que dum pouco de mim
a ti é um agrado,
tu por mim três vezes é negado,
mesmo que agora confesso-te admitindo
ser eu feito barata:
que te catarra,
que te beija,
que te escarra,
que te morde,
te catarrárrárrárrárra
e depois,
assopro-te.
Então, bem feito pra ti, eremitão,
que saíste do teu esconderijo
do teu deserto para se relacionar
logo com quem (?):
comigo,
Seu Querido Bem Querer!
Pra não mandar todo o mundo pra...