SILÊNCIO FIGURANTE
(Jairo Nunes Bezerra)
O teu silêncio se perpetua,
E mais crescente fica o que figura no meu espaço...
Desapareceram as passadas tuas,
Que eram ouvidas passo a passo!
Agora não posso precisar a tua distância,
O teu andar não repercute som, nada,
Para seguir-te dos meus pés há relutância,
E isso não me agrada!
Começa a chover alargando a rua,
A água que corre na minha tristeza atua,
E retorno ao meu destino!
Caminho pouco... A casa fica na proximidade,
Sem ti dela foi-se a felicidade,
Lamentável ausência que me deixou sem tino!