o céu chora quando flores se abrem no chão pétalas molhadas penso tua face nas mãos; a redenção
às flores; dor do silencio desabrochando lábios apertados
mais uma vez... às flores; amor despejado nos afagos claros das manhãs
outra vez...
às flores;
palavras com gosto de romãs... cor de sapoti e cheiro de hortelã
lembranças que esfarelo polinizando amanhãs rubrando na espera do som de tuas canções; orquídeas de quimeras levam ao céu meninas pelo dorso dos pensamentos vão trêmulas como flores de campinas
ignoram distancia que dói no céu que inverna de sorte que mesmo tão longe possam se inebriar com o perfume de tua primavera.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
daqui há exatamente trinta dias é primavera. despertam os querubins, aguçam os olhares e sentires dos amantes, que se regojizam, tamanhas são as inflorescências. primavera das flores, quando os amores se colorem em matizes tantas, e se embriagam da profusão de perfumes. e a partir de agora, é a poesia qual flor em botão, que antecipadamente se presta ao despertar...