A nossa grande geração perdida
desprendeu-se dos rumos do país,
dos rumos da sua própria história.
E quem somos senão bilhões
de corações buscando uma revolução
que nos faça amar.
As guerras,
as batalhas,
ditaturas,
mortes e caos.
Tudo isso alagou-se
juntamente com o capitalismo,
vivemos sem rumo e buscamos
apenas um coração em flores
que nos tornem eternos.
O futuro,
o sol lá fora,
o céu cinza e os corações
perdidos tendem a buscar
uma revolução sem causa.
O eixo do tempo desprendeu-nos
do elo de uma história coesa
e nossa juventude vive perdida,
em chuva ácida,
em negros corações,
quase no limite entre o amor e a perdição.
Precisamos urgente que o amor
salve nossa revolução quase perdida.