NUMA PRAIA NORDESTINA
(Jairo Nunes Bezerra)
Ontem numa distanciada praia desolada,
Hospedado numa pequena casa rústica à beira-mar,
Consumia peixe com aguardente numa rede atada,
Tendo como musical as ondas e um sol a me ofuscar!
Desprezado meu violão jazia amparado na porta,
E meus dedos ansiavam pela sua aproximação...
Inebriado, mais aguardente com peixe em posta,
Convivia com a solidão!
E solidão era o que prenunciava logo o anoitecer,
Sem você para me aquecer,
Com um frio intenso a envolver o meu momento!
E tudo até o inesperado aconteceu de repente,
Deixei de ser o visitante carente,
E dormitei na branca rede, feliz e omisso de lamento!