A chuva que não temo jaz vencida, engolida pela terra, sedenta.
No exterior, a humidade procura asilo no bolor que agora invade a casa observando o chapéu abandonado dispensado no caminho sem destino.
Saltitante, desnorteado, arrasta-se, suja-se, salta, na esperança de encontrar outra mão.
Enganoso.
De rosto colado às nuvens, procuro a água que agora rega os meus lábios, alimentando as raízes dos sorrisos que semeaste.
Acariciadora e faminta.
Como Esperança.