atropelando sutilezas através e atrás de inconsistências, um androide com duas cabeças tenta voltar no tempo... buscando as mãos sem tentáculos e o coração largado em algum momento após a largada, o corpo corria sem equilíbrio rumo a algum tipo de sucesso, ou talvez algum tipo de contentamento...
daseins sem ritmo cardíaco movem o corpo oco – boneco nulo sem cérebros ou variáveis aleatórias – com pregos nos olhos e nas mãos sem dedos que carregam medos e infelicidades raras...
indiferentes a verdades ou tapas nas caras – disfarçados novamente de gente – lapidam as ruas desgastadas na hora do rush de um segundo eterno até o ponto (cego) da chegada até a solitude da solidão...
com pregos nos olhos e as bocas perdidas de tantos nãos, chegam já surdos de si mesmos, perdem os braços já sem mãos... anestesiados campeões de corridas sem vitórias, sem falas, sem glórias, sem abraços...