Poemas : 

Minha própria Pasárgada*

 
Vou-me embora para Pasárgada
Lá hipocrisia e alienação não existem
Não existe pobreza
Nem discriminação
Violência
Ignorância

Vou-me embora para Pasárgada
Lá todos se respeitam e de bem convivem
Todos amadurecem após uma fraqueza
Concordam com a política de Platão
Não supervalorizam a aparência
E para viver a vida têm ânsia

Vou-me embora para Pasárgada
Lá o conhecimento é considerado um valor,
[não desnecessário
Lá a natureza é considerada uma bênção
É negada a ambição, menos a do amor
É admirado o diferente
Preservado o antigo

Vou-me embora para Pasárgada
Lá ninguém tem medo para se esconder no armário
Lá as pessoas cantarolam e pulam em vão
Recebe ajuda aquele que sente dor
Todos se sentem e são independentes
E se tratam como amigos

Não é perfeito, mas não se precisa de perfeito, quando se acha
[o ideal
E deste que este seja Pasárgada, é para lá que eu vou.

*Referência ao poema de Manuel Bandeira, em que Pasárgada
é o lugar dos seus sonhos e suas fantasias.

-Alice in not Wonderland

 
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AliceInNotWonderland
 
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