Ele espalhou suas raízes para além dos montes,
jogou mais lenha verde no fogo frio apagado.
Aguçados ouvidos saboreavam delirante música,
som de violinos e um acordeão suspirando afônico,
sob o canto estridente de uma soprano gorda
enquanto o maestro picava um rolo de fumo
manuseando amplamente a quente batuta
que acabou partida e sendo arremessada
no rabo de um crocodilo manco, sério e zangado.
Das raízes brotaram pedúnculos e sépalas verdes
acabando por florescer batatas e um cacto bêbado
banhados em parafusos afiados e óleo combustível
suspirando como um estivador dançando rock’roll.
Um subúrbio remoto, acima das cinzas,
o som seco e fresco das manhãs de outono,
tudo corria tão apressado e barulhento.
Onde estava a estrada cortando a ravina
o matagal cobriu as luzes daquela cidade
as pedras abandonadas em volta da fogueira,
refletiam aos toques das mãos macias,
bimbalhando alegres os sinos da capela