Um dia...
... passando pelo portão azul, viu Matuzalem, Thor, e Noé com todos animais; também puros de espírito que por meses a fio habitaram a arca e depois do desafio,de toda aquela inquietação espezinhada, iniciaram a repovoação da terra inundada...
Despido de receios, forrado de anseios,
alisou cabelos, sugou os bicos dos seios
das filhas loiras das bruxas de Salém.
Duplicou seu sono intranquilo, queria ir além,
queria mesmo era ter as rédeas da vida,
ser auriga do próprio destino, lida aguerrida,
mesmo que não usasse casaco de libré,
colorido cocar de índio, uma tanga de pajé,
nem na cabeça tivesse elmo reluzente,
que o mantivesse espírito de leniente.
Não procurou nenhum homem santo,
prócer, ele mesmo queria, queria tanto,
unicamente ser o mártir assim reconhecido,
deixar bem visíveis marcas de ter vivido.
Fez vigílias em cocheiras, andou uma légua,
pensou então considerar uma breve trégua,
que daria à alma leveza e o sossego necessário,
para continuar a bruta lida daquele seu fadário.