No meio da noite, parado em uma calçada, na frente de um prédio, esperava...
A tênue luz da rua iluminava em focos, havia áreas mais claras que outros, e entre a certeza da claridade e a dúvida da penumbra; ela chegou, e sorriu!
A vi, a abracei, cumprimentei, segurei sua mão e comecei a andar rumo ao desconhecido. Não que não soubesse aonde ia jantar, mas a sensação que aquela mão macia me transmitia, a certeza do companheirismo no andar cadenciado, me fazia sonhar com um porvir, antes sempre imaginado, nunca vivenciado.
Sabia, em mim, que aquele andar calmo, correspondia a como iríamos andar juntos; sempre calmos e tranqüilos, caminhando rumo ao desconhecido, sem nunca perder a individualidade de um dia, ou a magia de um sonho.
O importante já não eram nomes ou rótulos, por que muitas vezes, as palavras não exprimem a grandeza, nem do momento, nem do sentimento.
A decisão mais certa era caminhar, sempre juntos, de mãos dadas, em uma atitude que deveria se perpetuar por toda a existência, e a mão que segura, que afaga e que acaricia, fosse sempre à mão que sente, compreende e entende.