O Homem teima em não ter compreensão,
Pelo que lhe é todavia diferente, oposição,
Como se isso fosse uma praga do inferno,
Volvendo ao humano, seu lado mais terno.
Ter compreensão é como aquela situação,
Em que, estando sós, temos por assunção
A companhia dos outros um poder paterno
Flexível e colega, co o dom de ser alterno.
De que servem as rivalidades entre alguns,
Senão para mostrar, suas reais fraquezas,
Os corpos exíguos, seu ser inerme nalguns.
Quanto mais não vale a livre camaradagem,
Fazer das fraquezas forças, sem subtilezas,
Tornando apenas o inteligível feito coragem.
Jorge Humberto
15/12/07