Ao meu dispor o sol revela-se sereno,
desfia-se ao brilho contrário da escuridão,
com a força do vento a soprar,
as rosas a exalar,
a escuridão a mostrar
que da vida eterna são os leves
corações, a extinguir o sentido, que vencem.
Eu sei que a clareza dos meus olhos
pode iludir o que as cores intensificam,
porém o que o dia traz a mente absorve,
a verdade remove e
o som define
como pássaros certos em noites constantes.
Verdades são ilusões constantes
que saboreiam as palavras enquanto resposta,
pois palavras são justificáveis, ao contrário
da mente que bloqueia a dor em função do amor.
O amor é assim como a dor: se faz de formas em resposta do querer.
Posto as definições,
agora repousam os sentidos,
em mar de flores,
em reino de mundos,
nos meus sonhos a definir-me o que a verdade é,
ou o que meu coração tenta mostrar ao meus olhos
certos, feito, quietos, constantes a definir e dar
ao sol o que é do sol: meu querer mais eterno e real.
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