Depois das doze baladas,
Desço o rio de águas agitadas
Entre o silêncio imponente
E o cheiro desconcertante.
Esqueço meu passado,
Reúno toda a minha coragem,
Olho em frente no pequeno barco
Reparo que alguém está ao meu lado.
Anjo negro que segura meu braço
E acompanha-me nesta última viagem.
Já desisti da minha sorte
Sigo a voz que me chama
Entre o caos e a obscuridade.
Negro anjo da morte
Guia minha pobre alma
Até ao mar da tranquilidade…
José Coimbra