Comecei a escrever este texto com a esquerda, o texto não fluía, pois não tenho o costume de escrever com esta mão, não sou canhoto. Olhei um pouco as palavras, e a forma do escrever estava parecendo que pouca cultura eu tinha, tudo feito com uma letra feia e de difícil compreensão.
Decidi tentar com a outra mão!
Aí as palavras fluíam, e as idéias também. Ao olhar o que tinha escrito me pareceu tudo claro, límpido e fácil. Meus pensamentos fluíram e as idéias surgiram.
Sou destro, procuro fazer as coisas com destreza procurando a perfeição, a forma contrária, cheia de meandros, é de difícil compreensão e não é clara, não é a minha, não nasci assim!
Não posso ser contra a minha natureza, apesar de quem escreve sempre, sou eu mesmo, sempre coerente comigo mesmo, afinal meu maior ouvinte é o papel, e o maior crítico: eu mesmo, e muitas vezes são implacáveis comigo.
Escrevo para que outros me entendam, por isso não posso me refugiar em uma letra feia, de difícil compreensão, para que se um dia houver crítica, eu possa dizer: não escrevi isto!
Não sou assim!
E a minha inspiração, o meu assunto?
Uma parte vem da razão, que vem da cabeça, que ao centro está polvilhada sempre com a emoção do coração, este sempre do lado esquerdo.
Quando a cabeça pende para a direita ou para a esquerda, é motivo de preocupação!
Sou cardíaco, pois sinto demais, e às vezes me assolam dores de cabeça de ver as incongruências deste mundo, que não quer voltar atrás.
Mas para ser verdadeiro, coerente, escrevo da forma com que sou, com a direita, e o garrancho dos iletrados troquei pela letra legível, que depois de muito tempo e estudo, consegui.
Esta é a forma com que sou, pois o meu escrever é parte de mim, um retrato fiel a duas cores do meu pensamento e da minha alma!