Às vezes tenho dúvida da palavra à por no papel, parece que a forma escrita se veste de uma sublime eternidade, que a falada não tem!
Procuro escrever só em estado de graça, mas o meu falar tem a graça de ser para alguém, e o escrito a todos e ao mesmo tempo ninguém.
Faço planos e projeto na vida, que não escrevo, apenas sonha com eles, e um deles, ah!... Por que falar de um se há tantos?
O espaço é pouco e falar de tudo ou do infinito, não tem esta pretensão e capacidade, acho! Sinto em mim que o mundo precisa ser reinventado, que a fórmula com que vivemos, faliu, só esqueceu-se de decretar o estado.
Os relacionamentos se baseiam em fatos falsos para se manterem, e fórmulas, e mais soluções se procuram para alguma coisa que já nasceu falsa.
As pessoas não são a si mesmas, mas uma imagem que criaram de si, e são tantas mentiras... Algumas para justificar o impensável, que se cria uma barafunda de fatos e atitudes que levam à crise.
A sensação que tenho é que todas as atividades do ser humano são um pouco assim!
Hoje, sabendo disto, faço um investimento no relacionamento comigo mesmo, procuro ser da forma com que sou não quero mentiras, ilusões ou falácias, procuro ser o falar das línguas cansadas de mentir.
O ser parece que brilha com mais facilidade, o existir flui melhor, e as coisas mais escondidas do meu ser brotam sem razão a par, quando a única razão é: amar!