Nossa canção,
as estações a bailarem,
seus olhos,
seu coração,
seus beijos
me levando,
me levando calmamente
até qualquer estrela,
até qualquer mar
e nossos momentos mágicos.
Por mais forte
e intensa que seja a luz
uma hora a escuridão toma conta.
Deveríamos ter nos preparado,
deveríamos saber que o pra sempre
não é exatamente verdadeiro.
Deveríamos saber que as estações
também mentem.
Agora só me resta essa canção,
esse ponto de esperança,
essas horas negras
e suas lembranças fracas.
Nossa valsa do tempo
transformou nossos corações,
agora somos frágeis
como a rosa lá fora:
solitária,
entre o cinza,
entre as sombras,
entre os corações como os nossos, perdidos.