Não te compreendo tanta raiva, tanto desprezo.
A minha voz, calada, sempre observou sem penalizar.
Tentando descortinar razões, mal-entendidos, recriminações, sem julgar. Por isso, não entendo.
Talvez, por isso, parta.
Mostraste-me tantas vezes a porta de saída que me convenceste. E sei que não darás pela minha ausência.
São as vantagens do hábito em silêncio.
Ah!
Naturalmente,podes continuar a ouvir-te a ti próprio e só, como sempre.