TRANSITANDO
(Jairo Nunes Bezerra)
Das rosas eu aprisiono o perfume,
Que à deriva vagueia pelo espaço...
Seguido sou pelas abelhas com queixume,
E pela estrada sigo com descaso!
É sempre assim ante o meu jardim,
Que esnoba belas rosas...
E aos seus pés rasteja o jasmim,
Nas manhãs radiosas!
Lentamente o vento deixa-me sem perfume
E na escuridão sem lume,
Desaparece ante o anoitecer!
Não importa o vivenciado... Virá novo dia,
E nele apático e feliz quem diria,
Olvidarei o meu padecer!