sou feito de sangue e lágrima:
eis-me água, através dos furos
que o tempo engendra ao futuro,
quando me és mármore ou magma.
vícios, barcos, ventos fracos,
a sina de um sacrifício:
eu sou a flecha firme do arco
que mira num precipício.
nas ondas do teu vestido,
quantos navios detidos
não me valeram de nada...
e quem mais morderia o fruto
se a vida é o único tributo
da tua árvore envenenada?