Como o homem ferido, deitado na relva,
o peito aberto por estilhaços de aço,
percebo o mundo que parece estranho,
sem entender a mudança repentina.
As mãos cruzadas, o olhar costurado,
submisso na mais cativante maldição,
como saturado por um mau-olhado .
Onde está a ternura da mão amiga,
queria que voltasse verdadeira e afável.
Nem a chuva fina que umedece a relva,
consegue trazer uma doce esperança,
de poder em breve deixar esta cidade,
e voltar para ver imagens queridas .
Eu minto se disser que não vou chorar ,
mas aqui nesta cidade tão distante,
esta campa rasa, não é a nossa casa,
não há um jardim onde correm crianças.
Mas é um lar, pra mim é um lar,
para meu corpo tão exausto repousar.