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Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
nos saltos mirabolantes
dos riscos das manhãs
duas meninas de lycra
marrom balançam esguias
nos trapézios enganchados
nos fios trançados de vésperas.
esgueiram-se sobre a fragilidade
da rede de sol em pino
aguentada até o meio-dia.
no vácuo da tarde cairão
na dobra dos olhos
(nuas meninas)
até que outra teia se estique...
pra arte das manhãs.