Na loja da esquina
Comprei um par de coisas
Que lá estavam à venda
Para oferecer de prenda
A uma pequenina
De maçãs róseas
Que sempre vi a roer côdeas.
Na loja da esquina
Aquela de montra fina
Entrei para comprar um agrado
Que me libertasse de um fardo
Que me pende nas costas
E é maior que quaisquer vistas
Cujo horizonte
Vá de oriente a ocidente.
Na loja da esquina
Entrou um homem
Com vontade de ver
A disponivel menina,
Replicadora de coragem
Com desejo de vender.
Na loja da esquina
As paredes estão uma ruina
E já não são pintadas
Como foram em datas passadas
De vidas prósperas e rectas.
Como estão tristes e acabadas.
Valodevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.