Abandono este caminho
certa na rota que me aguarda
incerta no que foi...
Sigo despida de horas
num abandono de gritos
onde o silêncio indicou os traços seguintes...
Parto assim
sem um aceno ou um olhar húmido
apenas parto nas asas do medo que aguça os sentidos...
Não dobrarei esquinas
nem deixarei os passos nos beirais das ribeiras...
Mergulharei na imensidão azul
para recolher ao infinito que me espera....
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...