QUANDO BATO AS ASAS
Autor: Carlos Henrique Rangel
Quando bato as asas
Preencho
O que pode ser nada...
Minhas mãos estendidas
Estão à sua procura.
Só encontram o vazio...
E por horas
Enquanto dura o vôo
É somente isso...
O ruído sensual das asas
Que preenche o vazio...
Quando a noite se vai
O encanto se perde.
Já não há mãos estendidas.
Nem flanar suave das asas.
Tudo está vazio.
(O mundo se preenche de nada).