Este mar sem esperança
Sem rasgo de sorte
A praia varrida
O vento é do norte
Que sopra o delírio
Dos Deuses, a fúria
Gaivotas se agitam
Piando em lamúria
Há sabor a fome
Há um frio de morte
Há desesperança
Angústia e desnorte!
Mar sonoro, mar sem fundo mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós.
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim
Sophia de Mello Br...