Entre os ônibus e trens lotados,
entre o oásis do arco-íris da
cidade cinza, sem vida, pálida e imponente;
vejo o semblante da vida das pessoas:
rostos tristes, rostos cansados, rostos aparentemente felizes,
mas na maioria das vezes compostos de olhos perdidos.
Pessoas que seguem com sua máscara, com sua
proteção contra os sentimentos, fazendo-se cinzas
como as pinturas dos prédios; fazendo-se frias
como as janelas dos prédios ou como as grades das
janelas de casas, super protegidas, de nossa civilização limitada.
Somos seres rodeados de proteção,
unicamente para não expor nossos verdadeiros e frágeis sentimetos.
Mas feche seus olhos agora, pense nas pessoas ao seu redor
e veja que na verdade somos todos corações, almas e
cósmos vagando pelo universo de energia das paixões;
somos na verdade seres que buscam sua felicidade, seu amor;
e seres que escondem seu próprio sentir, para não expor sua dor.
Dentro esses milhares de seres, vagando em um mundo de energia,
eis que mais um surge, eu…
A energia do meu esprírito vaga a favor do tempo,
em busca do amor. Sou também como vocês, uma alma a vagar,
um ser que utiliza o corpo para poder viver, mas que possui um
espírito pronto para aceitar o mundo de energia vigente e escondido.
Assim como vocês, sou um ser em constante mutação,
um astro em busca de uma resposta,
em busca de um repouso que me mostre o túnel que me levará
ao mundo das paixões, ao reino das águas e esperanças necessárias.
Um dia meu corpo não aguentará esse longo caminho,
mas meu espírito continuará sua jornada, entre mundos, em
busca da verdade que me faça sentir o amor das paixões,
perdidas nesse universo de energia das paixões.