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O Almoço

 
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Ela estava longe, e fui convidado para almoçar com um amigo. Mais do que depressa, aceitei, era uma diversão, uma distração, poder ver um amigo de tanto tempo!

No almoço, conversávamos sobre o perdão e a caridade, ele um judeu, eu um católico.

Jesus falava de perdão aos inimigos, e ele não via praticidade nisto, pois perdoar a um inimigo é como criar uma cobra em casa, mais cedo ou mais tarde ela vai te morder!

Contei a ele uma experiência minha:

Um dia me senti injustiçado, logo e princípio, como é normal, uma onda de ódio e de rancor tomou conta de mim. Era difícil conviver comigo mesmo com aquele sentimento.

Pensei em fazer meditação para dominá-lo, mas meu cérebro me levou a várias situações adversas do passado, todas parecidas, todas frustrantes, que expliquei o passado, mas não resolvi o futuro.

No dia seguinte resolvi ajudar a quem me deixava nervoso; uma onda de paz me atingiu, e por algum tempo o mal estar melhorou.

Mas ele voltou!

Fui ao meu canto, e só toquei violão, me veio à solução: era o perdão pleno, sem razão aparente, deveria subsistir apenas por si.

Quando perdoei, a paz voltou!

Pensei no que escrevera antes: “Pode ser que o outro não mereça seu perdão, mas você também não merece perder a paz”.

Era esta a solução!

Ao falar sobre isto meu amigo se calou, quis pagar a conta, e uma sensação de clareza e de luz, tomou conta de sua feição, e seus olhos se iluminaram.

 
Autor
Tito-Mellão-Laraya
 
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