ESPIA
Autor: Carlos Henrique Rangel
O deus que me espia
Não me inspira
Não!
Esse observador
Sentado em cômodo refrigerado.
Esse “voyeur” sem prazer...
Joga com minha vida...
Vorazes são suas ações
Enquanto sangra o mundo
Em roteiros confusos
E atores sem cachê.
Não me inspira
Não!
Esse medíocre grande irmão.
É fácil fingir
Que há segredos
A esconder
É fácil pensar
No possível da solidão.
Esquecer...
Mas está lá
Esse deus que me espia
O burocrata de plantão.