Ah cicatrizes da alma, quem são vocês?
Parte em mim, de mim, de todos
Cerzida uma sobre outra, cobrindo alvura
Parte, ternura que se foi
Parte, carne que minguou
Parte sobre parte de dores
De feridas que ainda sangram.
Ah! Cicatrizes d'alma que endurecem
Quelóides que impedem a suavidade
Que repudiam a piedade
Em marcas de quem guerreou
Ah! Feridas da alma, que cicatrizam a seu tempo
Pelo amor que dissipou, do perdão que maculou
Da escuridão pungente que se formou.
Escondes o brilho, ja opaco, fraco
De duelos que travou: uns ganhou, outros...
Cicatrizes e feridas d'alma
Fazem parte de mim, cobrem toda ela
Em histórias sem fim e no fim...
Apenas uma alma.
Oh ego Laevus!