Hoje sinto o mundo nas costas. Sinto a dor dos meus. Sinto a minha dor. Sinto a alegria instantânea a dissipar-se da realidade.
Poderei eu alguma vez saciar esta sede? E com o quê? Que poderei eu fazer…
Sinto-me inútil. Incapaz de alterar seja o que for. Nado com todas as minhas forças contra esta corrente que a vida impôs. Este fado é estático e não me deixa escapar por alguma saída…
No entanto, vou encontrando algumas fechaduras pelo meu caminho. Não encontro chaves, nem maneira alguma de poder atravessar estas portas… Mas espreito. Vejo um mundo bem melhor. Perco horas e juízo nestes momentos.
Como é insana a mente humana…
Como é possível que pequenas grandes instâncias destruam vidas.
Hoje? Pessimismo? Ou realismo?
Vivo? Ou sobrevivo pela ilusão?
Por favor, que não deixe de sonhar e de me iludir.
A vida é demasiado curta para pensar em realismos e coisas sérias.
Aceitar a realidade é morrer.
Prefiro sobreviver com arte.