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Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
com olhar agarra todas as
paisagens e as enquadra
à sua maneira.
há mãos que não tecem,
não bordam, não cozem;
ofertam os cuidados em
preces e carinhos nas horas seguintes.
há um corpo que pulsa
e se esconde, pra surpreender
quando o costume alcança.
há uma boca que cala
e se pinta pra murmurar
noutra boca faminta.
há passos suaves e largos
que não dispensam
equilibrar-sem em saltos.
sente-se totalmente inteira,
mas é aversa da arte caseira;
de "Amélia" nada oferta a
não ser a obra mulher que
sabe o que quer;
dá amor, ternura e afeto...
assim olha se e vê se completa.
sou essa (mulher)