O TEMPO NÃO PERDOA
(Jairo Nunes Bezerra)
Tu ainda linda, envelhecida vives solitária,
Jovem, de alguns fostes a perdição...
Foi quando mercenária virastes ordinária,
E por tua causa definhado vive o meu coração!
Fui mais um daqueles atraído pela tua beleza,
Transformado em escravo de tua sensualidade...
Magoado ainda a trato como princesa,
Embora afastado da felicidade!
Rosa decepcionante das madrugadas frias,
Deixastes de ser a mulher maravilha,
E vítima de tuas volúpias és apenas um fracasso!
E quando a chuva invade a tua rua ora vazia,
Sem protetora capa, tristonha deixa de ser vadia,
E encharcada de muitos viras descaso