REFERÃO:
Eterna donzela,
tão pura, tão bela,
sem Trovador,
fica à janela
de sentinela
à espera do Amor.
I
Évora escura
ouve a ternura
que à noite passa.
Ganhas encanto
que fica no canto
da Igreja da Graça.
II
Nas pedras da rua
eleva-se a Lua
num triste Amor.
E apaixonada
Évora amada
não tem trovador.
III
São teus cabelos
os campos loiros
de seca miragem.
E levo em meus olhos
tantos escolhos
da tua paisagem.
IV
Deixo no Tejo
os brados ensejos
da tua dor.
Olha p'ra Lua
que a noite é tua
Évora sem trovador.
Ricardo Louro
Ricardo Maria Louro