O texto,
cadê o texto?
Será que surgiu
como pretexto?
Será que sumiu
do contexto?
O texto,
mas cadê o texto?
Palavra muda,
não grita
Palavra surda,
não escuta
Sigo procurando
o texto,
Em um guardanapo
de papel,
será que estava?
E a sinusite de
outono,
será que curava?
Este texto
terá sido espirrado?
Terá sucumbido
às crises esternutatórias?
Afinal,
tudo não seria
um pequeno pretexto
para escrever?
Talvez não,
se encontrar o texto
possa revelar no pós-texto
um pouco deste contexto das ruas.
AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 30/6/13.