Desce sobre o corpo o sono
as ânsias do dia nas ciladas da noite,
o mundo gira
a silhueta cansada
na mente debilitada…
Nem os gritos do silêncio o adormecem…
Todas as imagens são débeis!
Procuro
nos escritos antigos a alva cor das mãos
que me ensinaram a vontade de dormir
e não deixar o corpo emergir…
Os batimentos do sossego,
os ruídos do invólucro
são metáforas
às quais não consigo fugir…
Tento mais uma vez
observar
o futuro de ontem…
Mas o presente é hoje
e o passado desce de mansinho
a tropeçar nos olhos…
[Escrito em 24\06\2010]
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...