" Não temam sócios meus dura vingança,
Que eu, sentado, um só não, muitos faria
“De lá surdir, segundo a nossa usança,
Ao sinal de assovio, que de ausente
Perigo ao vir à tona dá fiança”.
A Divina Comédia - Inferno Canto XXII, vers 101/105
absentis pater
O sol claro a brilhar através das janelas. La fora, às farras,
gritaria nos folguedos..... fico a observa-las pensativo. Ai!
o barulho das crianças felizes ......risadas e “algazarras”,
já me rói o peito insidiosa inveja. quantas delas terão um pai ?
Nestas anos, uma única carta [que escrevi], sequer respondeu,
então me resta no silencio do meu quarto[escuro], solidão eterna,
“navegando” em sites diversos, o afã de procurar, feito fariseu,
na imagem de todo estranho que vejo, uma lembrança da paterna.
Ao menos tênue referencia daquela figura que queria presente,
me guiaria, apontaria meu caminho. Procuro-o desde tenra idade,
necessito premente ter essa visão antes da minha final passagem.
Esqueço meu orgulho, nada mais sou eu um mísero ser carente...
Ansioso, estendo a minha mão [ a ele] ofereço minha amizade:
caso a recuse posso destruí-lo, apenas vendo na sua imagem ...
... o pai [ausente] .........
... que .............................
nunca tive.