Ó sem abrigo que cantas
E jogas nas pombas tua vaidade
Migalhas de sol na cidade
Saídas dos sacos que jantas
Teu alvo bigode aparado
Reluz em face trigueira
Na gente que à tua beira
Te julga num mau bocado
Mas os gestos de semeador
Ainda te saem graciosos
Em tónica bem definida
Meus olhos da mesma cor
Descobrem nos teus, idosos
A força estranha da vida