dói
essa luz que não se realiza
sempre pela metade
a promessa se concretiza
dói essa penumbra
essa bruma de enganação
bússola transversa
cansa essa conversa de já estarmos lá
dói esse opaco sol no horizonte
centauro parvo, semi utopia
cansa esse lusco-fusco
de nem ser noite, nem ser dia
dói essa quase luz
cansa essa espiral em cruz
essa eterna promessa de união
IN: "Poesia Convergente" - 2013
Escrever, é como fazer espelhos; deixar refletir o rosto de quem lê!