O Grito: Para Não Dizerem, Que Não Falei Da Lua...
Sigo o rumo da vida.
Não sei aonde vai dar...
Só sei da única que coisa,
Que me mantém sobrevivendo:
O sopro da poesia.
Escrever...
Da vontade louca, de exteriorizar,
O grito preso na garganta,
A palavra que não quer mais calar.
Paro por aqui:
A ansiedade, a dor, me consomem.
Não sei quanto tempo ainda aguento:
A vida me foi, e é muito cruel.
Nem todos nascem com o traseiro para a Lua...
Já passei por situações no passado, de 'quase morte'
Mas incrivelmente estava serena, porém, mais forte...
Era jovem ainda.
Hoje estou diferente. Fiquei frágil,
Como cacos de espelho quebrado.
A Lua e o espelho brilham.
Eu, me encontro opaca.
Fátima Abreu