naquele olhar tão pequeno
deixado ao relento da noite
nascido de um ato obsceno
grita no peito boêmio
um coração afoito
nasceu em colo aguardente
abraçou com tão pouca vida
sorriu um sorriso sem dente
mostrou o tamanho da ferida
dormiu o sono dos anjos
sem dor lamentos ou lamúrias
deixou o corpo queimando
e foi meninar pelas ruas