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FASTIDIOSA PRISÃO

 
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FASTIDIOSA PRISÃO

A depender dos outros me forçaram,
Sujeito soa seus caprichos; que remédio!
Por não ser criminoso, me deixaram
Vagar aqui à solta; mas que tédio!

Cercado por doentes, desespero,
Sem detestar a sua companhia
Saudável, num regime tão austero,
Que hotel! Uma tristonha enfermaria!

Chamaram-me, através dum telegrama:
São ordens; amanhã vou embarcar.
Elaborei então o meu programa,
Só não me apercebi fosse abortar…

Isto de ser ilhéu, sem ter dinheiro,
Traz-nos, por vezes, muitas restrições!
Por exemplo, sentir-me um prisioneiro,
Que não pode seguir nos aviões…

A hora das visitas é chegada:
Todos conversam, com animação.
Se escrevo, há junto a mim gente cismada:
Já me aborrece tanta explicação!

Só esta me faltava, realmente!
A quem não suceder, não acredita!
Quando eu dormia, a minha cama invade,
E tenta seduzir-me, um sodomita!

Animam-me; amanhã embarcarei!
Deixo, e não é sem tempo, este hospital!
Endoideço! Que trauma! Aqui fiquei!
Atrasam-se os estudos ,por meu mal!

E marco passo, aqui, desta maneira,
Retido, ilegalmente, na “prisão”!
Começa a ser demais a brincadeira!
Tenho mais que fazer! Chega, avião!...

 
Autor
FRANCISCO QUARTA
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/12/2007 07:42  Atualizado: 19/12/2007 07:42
 Re: FASTIDIOSA PRISÃO
POIS VEZES MUITAS HORAS NO AERROPRTO PERDIDO SE TORNA FASTIOSO MAIS PARECENDO UMA PRISÃO, MAS O AVIÃO VÊM, COMO SEMPRE COM ATRASO E PARA UM ILHÉU PARA VIAJAR SÓ EXISTEM DUAS MANEIRAS, PELO MAR OU PELO AR, MAS NÃO DESESPERO AMIGO QUARTA.

ADOREI SUA NARRAÇÃO POETICA.