Há já algum tempo que não sei como falar-te.
Deixei de sabe-lo quando percebi que as palavras doem.
Doem como feridas, como golpes profundos que dilaceram os sentidos.
E em todo o tempo que não sei o que dizer-te, desejo em segredo poder segurar-te a mão, e não esperar mais nada.
Que tu também não esperes mais nada.
Que possamos ficar lado a lado, em silêncio, até que as palavras se curem.
Até que as nossas almas consigam encontrar-se, sem dor...
Conseguir explicar o que sinto por ti é impossível.
Fizeste do improvável perpétuo.
E o verdadeiro sentido que nos une é este amor nu e cru,
que me abarca o peito.