Esta vista monocromática desgasta
Amedronta a coragem dos frágeis e singelos
Mas o mesmo não acontece com meu ego
Caminho, pois, sem laços, sem elos
Asas, estas minhas, já cortadas
Não voam mais como nos tempos dos jardim azul e verde céu
Nos tempos antigos preto e branco
Hoje, dia sorrio, noite sou réu
Padeço, como já dito, sem medo
Esperando um dia o túnel branco luminar
Conversando com o vento, com o tempo
Enquanto isso, daqui espero o mundo mudar