ÁGUAS VERTIDAS
(Jairo Nunes Bezerra)
Cai sobre a terra mais águas, agora cristalinas,
Que são oriundas das nuvens alvacentas...
Algumas tais colírios visitam as minhas retinas,
E liberam chiados, tais aves agourentas!
Limpo os olhos e revejo as nuvens já escassas,
O firmamento realça mais beleza...
Figura, entretanto tristeza, atuantes devassas,
Que questionam do tempo à realeza!
O entardecer já se pronuncia com celeridade,
Distanciando a felicidade,
Que já fecundava o meu espaço!
No inverno tudo vira rotina,
Molhados, somos penalizados com o que vem de cima,
E o nosso entretenimento fica escasso!