Xerazade minha doce Xerazade
Que é de ti amante minha
Que caminhos são os teus
Que rota seguiram teus passos
Há mil anos fogoso Adónis
Te enfeitiçou e furtou
Ao amor com que te amei
Há mil anos que historias
Das mil e uma noites
Deixei embebecido de escutar
Desde que foste amante minha
Perdi a minha humanidade
Deixei de ser eu para de mim
Um novo aretino tomar asas
E para terras do levante
Desse Adónis galante
Te fazeres serva insinuante
E do seu sonhar
Te tornares musa inspiradora
Qual Fénix
De estranho mundo provinha.
Mas que é de ti Xerazade
Tu a quem nunca olvidarei?