um chapéu e dois cocos firmaram a chegada do verão. ele veio, algo contrariado e tempestuoso, mas veio, acompanhado de moças em biquínis, seus dedos atrevidos transpirando paixão por suas peles tórridas. um maço de dinheiro pedia licença timidamente ao sair do bolso. era território novo, longe dos dedos ávidos e ácidos de cafeína e cocaína da capital. capital seria o pecado de não pular de cabeça naquela pequena bolsa florida sobre a mesa. talvez desgastada, mas também não estaria ele? uma segunda opinião? procurou pelos sapatos, confidentes de andanças e de desgaste cotidiano. encontrou apenas um par de chinelos, muito à vontade. provavelmente seu velho parceiro estaria à esta hora curtindo seu devido descanso num guarda-roupas. merecido. mergulhou na bolsa.