BOA NOVA
(à mamãe Noemia - in memorian)
A mulher olhou a janela do futuro
E guardou seus sentimentos pra depois
E da luz que surgiu lá no escuro
Descobriu a boa nova
E se foi
E se foi numa nuvem tão furtiva
Como um pássaro voante, imperativo
Como um raio tão brilhante e atrativo
Com ecos de mil vozes em alarido
E o rumo da chamada profecia
Então dormia, como bêbado
Esquecido e arruinado
Quando a noite foi se embora, veio o dia
Inultilmente quanto a noite esperado
E a heroína,
Pousou pra sempre nos meus sonhos
Tão feliz, cantante e encantada
Que das vezes que lhe procurei nas estrelas
Seu brilho forte, impedia-me de vê-las
Tão mais bonito, tão mais intenso
Era seu brilho
Que com certeza era pra mim
Era pra nós, todos nós
tão amados,
tão saudosos filhos.
Daniel Flosino Lopes (Danny)
Poeta, compositor e escritor
Canções em festivais de músicas como MPB-Shell, coletâneas literárias da Shogun Arte e Crisalis Editora pelo Rio de Janeiro, crônicas no jornal Gazeta de Ribeirão Preto entre outras obras.