À ESPERA
(Jairo Nunes Bezerra)
Nos saltitares dos meus dias sucessivos,
Oscilante fica o meu coração...
Sem calmaria, fica opressivo,
E amplia com veemência a minha depressão!
É que te encontras distanciada do meu espaço,
Aonde presenteava-me com teus frementes beijos...
Aqui agora solitário sem sequer os teus abraços,
De perdeste crescem os meus anseios!
Se reza valer, voltarás brevemente,
Pois a Deus os meus pedidos são crescentes,
Almejando a tua aproximação!
E as nuvens escuras que velejam no céu,
Escurece mais este poeta vivente ao léu,
À espera de tua radiante visão!