Cala-te Mundo!
Já muito disseste
E muito pouco é a verdade.
Onde está a paz que prometes-te?
Onde está o amor sem tréguas?
Disseste, é verdade que haveria guerras
Mas nada fizeste para as evitar.
Cala-te, cala-te por favor!
Não firas mais os meus ouvidos
Com falsas, sim, falsas promessas.
Não firas mais tantos corações
Que em ti confiaram,
Não firas mais a esperança
Que prometeste a tantas crianças
E que hoje o seu teto sãos as estrelas.
Cala-te, cala-te, não digas mais nada.
O que prometeste foi só para alguns.
Esses vivem em Palácios,
Passeiam em grandes Limusinas,
Navegam em Iates de grande luxo,
Esses te agradecem as tuas promessa,
Mas Mundo, prometeste tudo à avessas.
Cala-te Mundo, cala-te, não digas mais nada.
A. da fonseca